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Atenção: O coronavírus não ataca só os pulmões, mas muito mais órgãos


Por Suprevida


Quando a COVID-19 surgiu, tudo o que se sabia sobre essa doença era que ela atacava os pulmões, levando a um quadro de pneumonia bastante sério e com uma evolução rápida, exigindo que o doente fosse entubado para garantir a chegada de oxigênio ao corpo.

Muita coisa se falou de que os sintomas de quem tinha uma versão leve da doença lembravam o de uma “gripezinha”: febre, tosse seca, mal-estar e cansaço. Não é bem assim.

À medida que cresce o número de infectados no mundo, cientistas e médicos estão constatando que o Sars-Cov-2 ataca outros órgãos do corpo e compromete uma série de coisas no nosso organismo. Já não se fala mais que a COVID-19 é uma doença respiratória. Muito provavelmente, ela é uma doença sistêmica, ou seja, afeta diferentes sistemas e órgãos do corpo.

É importante sempre lembrar: a cada dia teremos novidades, porque o vírus e a doença ainda estão sendo estudados! Como a COVID-19 é uma doença nova, ainda não há estudos a longo prazo acompanhando os doentes. Até os primeiros pacientes a se recuperarem na China foram infectados apenas alguns meses atrás. Para a ciência, é muito pouco tempo.

Inflamação dos vasos sanguíneos
Os primeiros pacientes com casos graves de COVID-19 sofriam principalmente de complicações nas vias respiratórias. Com o aumento do número de casos, os médicos perceberam um aumento do número de doentes com problemas cardiovasculares e com falência de vários órgãos. 

Ninguém entendia como isso estava relacionado com a inflamação dos pulmões. Só que até aquele momento quem tinha esse tipo de complicação diferente eram idosos. Por isso, os médicos assumiram que o vírus nada mais fazia do que acelerar o aparecimento de problemas cardiovasculares típicos dessa faixa etária.

Mas ao fazerem autópsia de pessoas que haviam falecido por causa da COVID-19, pesquisadores descobriram que o coronavírus não ataca só os pulmões, mas também causa uma inflamação do tecido endotelial de vários órgãos.

O tecido endotelial é a camada de células que atua como um escudo protetor dos vasos sanguíneos, regulando vários processos que acontecem nos microvasos sanguíneos. A interrupção desse processo regulatório pode, por exemplo, causar diversos problemas circulatórios nos órgãos, podendo, inclusive, levar à falência e a morte desses órgãos.

Isso significa que o vírus não apenas desencadeia inflamação nos pulmões, o que causa outras complicações, mas também é diretamente responsável pela endotelite, uma inflamação de todo o tecido endotelial do corpo, afetando todos os vasos sanguíneos: os do coração, os do cérebro, os dos pulmões, os dos rins e até os do trato intestinal. Isso resulta em graves distúrbios microcirculatórios que danificam o coração.

Pessoas que já conviviam com alguma doença cardiovascular, como hipertensão, miocardiopatia e aterosclerose, estão sob maior risco porque essas doenças também desregulam esses processos que ocorrem nos microvasos sanguíneos. Outra complicação é que qualquer quadro infeccioso demanda mais do coração e, então, um paciente com a função cardíaca já comprometida tem mais chance de piorar por conta do coronavírus.

AVC e embolia
Outra coisa que foi descoberta é que muitos doentes graves de COVID-19 estão apresentando altas taxas de coágulos sanguíneos, provavelmente devido a respostas inflamatórias causadas pelo vírus. Como todo mundo já sabe, a formação de coágulos nos vasos sanguíneos pode levar a várias complicações graves, como AVC e embolia pulmonar.

Embora o AVC seja uma doença geralmente vista em pessoas mais velhas, os médicos descobriram que o AVC causado pelo vírus tem afetado principalmente jovens.

A formação de coágulos em outros órgãos também causa problemas sérios. A insuficiência renal, por exemplo, tem sido um achado comum em muitos pacientes graves de COVID-19. Coágulos externos aos órgãos também podem ser graves. A trombose venosa profunda, por exemplo, ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma na veia, geralmente nas pernas. Vários casos de pessoas com trombose têm sido relatados.

A Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia chegou a emitir diretrizes para que pacientes com Covid-19 recuperados continuem a tomar anticoagulantes mesmo após receber alta do hospital.

Resposta imune agressiva
O novo coronavírus também causa uma resposta extremamente agressiva do nosso sistema de defesa (o sistema imune) que é chamada de tempestade de citocina.

As citocinas são moléculas que ajudam as células a se comunicarem e têm um papel importante na regulação do sistema imunológico, acelerando o processo inflamatório, que é a resposta natural do corpo quando ele lida com uma infecção.
Só que no caso do coronavírus, há uma descarga tão grande de citocinas que ao invés de elas ajudarem a combater o vírus elas danificam os pulmões. Os espaços existentes nos pulmões ficam preenchidos com detritos e pus, tornando-os menos flexíveis

Nas tomografias computadorizadas, um dos exames fundamentais para quem está com a forma grave, os médicos observam manchas cinza claras, chamadas de vidro fosco, que indicam lesões nos pulmões. Na tomografia de pulmões normais, eles parecem pretos.

Impacto também no sistema nervoso
O coronavírus também parece afetar o sistema nervoso, com consequências potencialmente duradouras. Um estudo feito na China mostrou que mais de um terço das 214 pessoas hospitalizadas com COVID-19 apresentaram sintomas neurológicos, incluindo tonturas, dores de cabeça, consciência prejudicada, visão, comprometimento do paladar/olfato e dor nos nervos. Esses sintomas foram mais comuns em pessoas com casos graves, onde a incidência aumentou para 46,5%.

Sequelas: ainda não se sabe
Ainda não se sabe se os doentes que se recuperaram terão sequela. "A nossa dificuldade é saber se haverá consequências da doença no longo prazo", disse Joseph Brennan, cardiologista da Faculdade de Medicina de Yale (Estados Unidos) à Vox.

Enquanto alguns pacientes podem se recuperar completamente, especialistas temem que outros possam sofrer com sequelas a longo prazo, por causa das cicatrizes das lesões nos pulmões, por causa de danos ao coração e ao sistema nervoso, além, de claro, o tremendo impacto na saúde mental.
O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido tem assumido que, dos pacientes da COVID-19 que precisaram de hospitalização, 45% necessitarão de cuidados médicos contínuos, 4% precisarão de reabilitação hospitalar e 1% precisará de cuidados permanentes.

Dados obtidos em surtos de outros coronavírus, como é o caso da SARS, a síndrome respiratória aguda grave, e da MERS, a síndrome respiratória do Oriente Médio, sugerem que algumas pessoas poderão levar anos para ter uma recuperação completa.

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